Eu tentei, mas não consegui!


 Não foi fácil, foram dois meses com esses pensamentos em mente, algumas pesquisas para ver a forma mais “ideal”.
Tentei suportar as dores, juro que tentei ser forte. Até que desabei.
Fui numa segunda feira quando pensei que, falar para alguém o meu sentimento traria vida dentro de mim, ou alguma luz, alguma direção já que eu me encontrava perdida.
Aquela semana não seria fácil e eu sabia disso.
Normalmente os cortes resolviam meus problemas, então criei um plano para saber lidar.
Liguei o chuveiro quente, apaguei a luz, coloquei luzes vermelhas, definitivamente não estava pretendendo deixar o ambiente agradável, a luz era pra meu sangue se misturar a ela e eu não ver o estrago.
Sentei no chão e minha cabeça foi em toda a minha solidão, meus fracassos, meus medos, eu não queria estar ali, mas não podia acabar com tudo, afinal quem trabalharia no meu lugar?
Então usei laminas afiadas para “aliviar” a dor. O plano era apertar as feridas durante o dia fazer com que elas doessem mais do que outra coisa.



No dia seguinte tive que ir trabalhar sem vontade e colocar a mascará no rosto. Cheguei ao serviço e olhava as pessoas ao meu redor achando que não fazia mais parte daquilo, então fui embora. E isso foi a pior merda que fiz, eu sabia que ficaria sozinha, que minha mente teria tempo pra esquematizar cada detalhe da minha morte, já estava dois dias sem comer, mal dormia, mal via TV, e mal desejava viver, no caminho para casa eu li uma matéria sobre suicídio. Eu faria.
Não vou descrever como fiz porem achei que a morte viria mais fácil, e não foi, foram as piores duas horas da minha vida, tudo veio a tona de uma vez, meus “motivos” vieram em cima de mim e uma confusão começou.
“Achei que não ia doer, mas doeu”.
Quase consegui, passei perto.
Fiz alguns amigos chorarem, ouvi que nunca imaginariam que eu fizesse isso. Mas fiz!
Os dias seguintes foram estranhos porque eu realmente achei que daria certo, todo mundo estava me dando atenção, parecia que pensaram “não é atenção que quer, então tome”.
Eu sei o porquê fiz aquilo e não foi pra chamar atenção foi porque queria sumir. Queria silenciar minha mente que não me dava paz! Só não queria estar ali!
Não consigo descrever exatamente como me senti depois, só de pensar fico mal.
Fazia tempo que eu não escrevia no blog, voltarei a escrever.
Escrever me faz bem!
Estou numa segunda vida nesse momento, alguma coisa morreu aquele dia!
As vezes nos sentimos sozinhos, mas não estamos, o vazio doí, faz você chorar de noite, as vezes ele me dava calafrio, eu tentei conversar com algumas pessoas e elas me mandavam procurar ajuda profissional, mas nunca fui atrás, achava normal, achava que ser triste era o que me definia.
Pode ser normal ficar triste, mas não com a intensidade que eu ficava. Na verdade eu não ficava triste, sempre estava!
Já fazem 40 dias, estou fazendo terapia e tomando medicação, não estou ótima, foram poucas terapias, mas vou ficar! Tenho que parar de achar que a morte é a melhor opção!









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